O aumento alarmante de 136% no número de dispositivos de Internet das Coisas (IoT) com vulnerabilidades em comparação com o ano anterior é um sinal preocupante da crescente exposição das infraestruturas digitais a ataques cibernéticos. Com base em uma análise abrangente de quase 19 milhões de dispositivos, observou-se um aumento exponencial na proporção de dispositivos IoT vulneráveis. Entre os mais suscetíveis estão pontos de acesso sem fio, roteadores, impressoras, VoIP e câmeras IP, destacando uma ampla gama de sistemas comprometidos.
Os ataques direcionados aos dispositivos IoT estão se concentrando cada vez mais na infraestrutura empresarial, como câmeras IP e sistemas de gestão predial, oferecendo aos invasores uma porta de entrada discreta para os sistemas corporativos. Este foco em produtos empresariais em vez de dispositivos de consumo sugere uma mudança estratégica por parte dos cibercriminosos, visando acesso e movimento não detectados nos sistemas corporativos.
Setores como tecnologia, educação, manufatura e financeiro emergem como os mais afetados, com uma alta média de risco em seus dispositivos IoT. No entanto, é encorajador observar que investimentos significativos em segurança de dispositivos estão resultando em uma redução do risco em setores como saúde, anteriormente um dos mais vulneráveis. A implementação de medidas como a redução da exposição de Telnet e RDP tem sido um fator crucial nessa melhoria.
As pontuações de risco atribuídas aos dispositivos IoT, baseadas em configuração, comportamento e função, oferecem insights valiosos sobre as vulnerabilidades presentes. A análise revela que a China lidera a lista de média de risco de dispositivos, seguida pelas Filipinas, Tailândia, Canadá e EUA, enquanto o Reino Unido apresenta a pontuação mais baixa entre os países analisados, indicando variações significativas na segurança cibernética global.