Vazamento de ferramentas do LockBit abre portas para cibercriminosos

Desde setembro de 2022, após um vazamento de sua ferramenta de criação de ransomware LockBit versão 3.0, conhecida como Black, uma série de ataques atribuídos a imitadores do LockBit surgiu, visando organizações em vários setores e regiões. Este vazamento ocorreu devido a desentendimentos entre um desenvolvedor-chave e o líder do grupo LockBit, especialmente em torno de divisões de lucros durante uma onda de ataques lucrativos.

O vazamento permitiu que atores externos ao programa de afiliados do LockBit, que normalmente exige que os participantes provem sua competência e reputação, usassem a ferramenta para realizar ataques sob a marca LockBit sem enfrentar as rigorosas exigências do grupo.

Conforme documentado por várias fontes de segurança, isso resultou em uma série de campanhas por grupos que usaram a ferramenta vazada para executar seus próprios ataques, muitas vezes visando organizações fora da esfera tradicional de influência do LockBit, incluindo países da Comunidade dos Estados Independentes (CIS), o que é raro para grupos baseados na Rússia.

A atividade do LockBit diminuiu desde a operação Cronos, uma ação de aplicação da lei multinacional que apreendeu servidores do LockBit e prendeu afiliados. No entanto, o grupo tentou demonstrar resiliência, relançando sua presença na dark web e reivindicando responsabilidade por novos ataques.