Sequenciadores de DNA Tornam-se Alvo de Ataques Cibernéticos

Pesquisadores de cibersegurança identificaram vulnerabilidades graves no firmware dos sequenciadores de DNA Illumina iSeq 100, que podem ser exploradas por invasores para desativar os dispositivos ou implantar malwares persistentes. O problema está relacionado ao uso de uma versão desatualizada do BIOS (B480AM12 – 04/12/2018), que não conta com proteções essenciais, como o Secure Boot e restrições de gravação no firmware. Embora o UEFI substitua o BIOS em tecnologias modernas para maior segurança, o iSeq 100 ainda utiliza a versão antiga. A falta dessas proteções permite que invasores modifiquem o firmware para desabilitar o dispositivo ou instalar códigos maliciosos, garantindo controle contínuo.

Além disso, o dispositivo usa o modo de Compatibilidade de Suporte (CSM), adequado para equipamentos mais antigos, mas inadequado para os modelos modernos. Após a divulgação das falhas, a Illumina lançou uma correção, mas, caso dispositivos não atualizados sejam explorados, invasores poderiam escalar privilégios, modificar o firmware e causar danos significativos. Esses danos incluem alterações nos resultados de análises genéticas, como diagnósticos errôneos de condições hereditárias ou falsificação de dados de pesquisa.

A Eclypsium alertou que a vulnerabilidade pode estar presente em outros dispositivos médicos e industriais, já que o problema está ligado a uma placa-mãe OEM fabricada pela IEI Integration Corp. Isso demonstra como falhas na cadeia de suprimentos podem impactar diferentes setores. Este não é o primeiro incidente com sequenciadores Illumina; em 2023, uma falha crítica (CVE-2023-1968) permitiu a interceptação de tráfego de rede e execução remota de comandos. Dispositivos como o iSeq 100 são alvos atrativos para ataques cibernéticos devido à sua importância em diagnósticos genéticos, produção de vacinas e pesquisas contra doenças resistentes a medicamentos.

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