O mercado de cibersegurança está cheio de siglas e promessas, mas pouca clareza. E é exatamente essa confusão que permite que muitas empresas sejam enganadas. Muita gente acha que contratou um Pentest, quando na verdade recebeu apenas um scan automático. Outras acreditam que passaram por um Red Team porque alguém simulou um phishing por e-mail. Está na hora de esclarecer: Scan, Pentest e Red Team são coisas totalmente diferentes — e entregam níveis de profundidade e impacto que não podem ser confundidos.
O Scan é o mais superficial dos três. Ele simplesmente roda ferramentas automáticas que fazem uma varredura por portas abertas, sistemas desatualizados e vulnerabilidades conhecidas. Não há inteligência humana, não há exploração real, não há confirmação de impacto. É como uma checagem básica que aponta “possíveis problemas”, mas não garante que aquilo seja mesmo explorável. Útil? Pode ser. Mas jamais deve ser vendido como um Pentest.
O Pentest vai além. Aqui entra o fator humano: especialistas simulam ataques reais, validam manualmente cada falha identificada e demonstram como um invasor pode explorá-las para comprometer seu ambiente. Um bom Pentest entrega provas de conceito (PoCs), caminhos de exploração, impacto técnico e estratégico. É uma abordagem ofensiva, inteligente e focada em gerar aprendizado real para reforçar sua segurança — não apenas um relatório para arquivar.
Já o Red Team é o nível máximo. É uma simulação avançada e contínua de ataque, onde a equipe age como um adversário real, testando não só a tecnologia, mas também pessoas e processos. Não se limita a sistemas expostos: envolve engenharia social, evasão de defesas, movimentação lateral e persistência dentro do ambiente. O objetivo? Medir o tempo de detecção e resposta da sua defesa. É um exercício de guerra cibernética, e não um simples teste técnico.