Porque o Brasil é um dos alvos favoritos dos Cibercriminosos

O Brasil se tornou um dos alvos preferidos dos cibercriminosos nos últimos anos, é o que aponta os últimos levantamentos que revelam um aumento superior a 200% na quantidade de ataques cibernéticos contra empresas ou órgãos brasileiros no último ano.

Esses ataques tem se tornado cada vez mais sofisticados e suas consequências têm atingido escalas cada vez maiores.

O caso mais recente a ganhar os noticiários foi o ataque cibernético promovido contra a empresa Fast Shop, uma das maiores varejistas, e que teve 100% de suas operações paralisadas, se juntando a uma grande lista de empresas que sofreram com esse tipo de ataque.

Outras como Americanas, Submarino, Renner, Atento, Copel, Porto Seguro, CVC, Cosan, Fleuty e alguns órgãos públicos como o Ministério da Saúde, Ministério da Economia, TRF-3, STF e STJ são exemplos claros das ações criminosas em território nacional.

O principal motivo por trás desse aumento vertiginoso está na forma como empresas e entidades públicas encaram o assunto, demonstrando um baixo engajamento e baixa maturidade com a defesa cibernética.

Uma pesquisa recente conduzida pela empresa referência em cibersegurança HackerSec com da área de Tecnologia e Cibersegurança de grandes empresas apontou que quase 60% delas não tem um setor dedicado para a defesa cibernética e apenas 54% destinam um orçamento para investimento nessa área. O levantamento também apontou que 81% dos gestores entrevistados acreditam faltar uma conscientização e maturidade dos diretores das empresas sobre a relevância e urgência da cibersegurança. 

Em meio a falta de investimentos, muitas das soluções digitais disponíveis ou em fase de desenvolvimento acabam sem ao menos uma avaliação de vulnerabilidades, processo mais conhecido como pentest e que visa simular um ciberataque real para identificar brechas e auxiliar o time de desenvolvimento a tornar a solução mais segura.

Essa validação da segurança se torna um diferencial competitivo no mercado, uma vez que as consequências de um ciberataque são devastadoras. O recente incidente com o Fast Shop, por exemplo, causou um prejuízo de R$ 923 milhões de reais. Outro exemplo é do ataque contra as Americanas, causando um prejuízo que chega aos R$4 bilhões quando somado a perda de vendas, valor de mercado e prejuízo de imagem.

Além disso, uma pesquisa recente conduzida pela HackerSec com consumidores apontou que 75% deles deixariam de consumir produtos ou serviços de uma empresa se soubessem que ela foi vítima de um ciberataque, e 64% pesquisam se a empresa já teve algum incidente antes de tomar a decisão de comprar.

Por isso o investimento em serviços especializados e contratação de profissionais qualificados se tornou cada vez mais urgente para os negócios que desejam sobreviver num mercado digital cada vez mais competitivo.

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