A Polícia Federal realizou nesta terça-feira, 20 de maio, duas operações simultâneas denominadas Cryptoscam e Wet Cleaning com o objetivo de desarticular organizações criminosas envolvidas em fraudes cibernéticas, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As ações ocorreram nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Maranhão, com o cumprimento de 26 mandados de busca e apreensão, 11 de prisão e bloqueio de bens e valores vinculados aos investigados, a pessoas interpostas e a empresas associadas aos crimes.

A operação Cryptoscam teve como alvo um grupo familiar com origem em Ponta Grossa, no Paraná, suspeito de furtar criptoativos e cometer fraudes bancárias por meio de ataques cibernéticos. As investigações começaram após o furto de 1,4 milhão de dólares em criptoativos de um cidadão de Singapura. O grupo teria se mudado para Balneário Camboriú, em Santa Catarina, onde passou a ocultar os recursos ilícitos com a compra de imóveis de luxo, veículos e investimentos em criptoativos. Estima-se que tenham movimentado cerca de 100 milhões de reais entre 2020 e 2025.

Já a operação Wet Cleaning começou com a prisão de uma mulher apontada como uma das maiores estelionatárias do país. A suspeita aplicava golpes contra a Caixa Econômica Federal e tinha ligações com envolvidos em furtos a caixas eletrônicos, fraudes digitais, tráfico e lavagem de dinheiro. As investigações revelaram a utilização de empresas nos setores de construção civil, informática e transporte para lavar valores ilegais, totalizando aproximadamente 110 milhões de reais. A PF continuará as apurações para identificar outros envolvidos e aprofundar as conexões dos crimes em território nacional e no exterior.