Vários grupos de hackers entraram no conflito entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, que se intensificou no último fim de semana após um ataque significativo lançado pelo Hamas. O grupo disparou milhares de foguetes e enviou seus combatentes para o sul de Israel, levando Israel a declarar guerra e retaliar. Centenas de pessoas foram mortas e milhares ficaram feridas de ambos os lados.
Além dos atores patrocinados pelo Estado que provavelmente intensificaram seus esforços cibernéticos, grupos hacktivistas que apoiam ambos os lados também aumentaram seus ataques cibernéticos. Os primeiros ataques hacktivistas foram lançados contra Israel pelo grupo Anonymous Sudan menos de uma hora após os primeiros foguetes serem disparados pelo Hamas. O grupo visou sistemas de alerta de emergência em Israel.
O Jerusalem Post, o maior jornal diário de Israel, também foi alvo do Anonymous Sudan. Um grupo pró-Hamas chamado Cyber Av3ngers atacou a organização de rede elétrica Israel Independent System Operator (Noga), alegando ter comprometido sua rede e desativado seu site. O grupo também atacou a Israel Electric Corporation e uma usina elétrica.
O grupo pró-russo Killnet lançou ataques contra sites do governo israelense, enquanto um grupo de hackers palestinos chamado Ghosts of Palestine convidou hackers de todo o mundo para atacar infraestruturas públicas e privadas em Israel e nos Estados Unidos.
Em muitos casos, esses hacktivistas usaram ataques de negação de serviço distribuído (DDoS) para causar interrupções. Algumas dessas alegações, como as feitas por hackers ligados ao Irã sobre ataques ao sistema de defesa aérea Iron Dome de Israel, são provavelmente exageradas.
Por outro lado, grupos como Killnet e Anonymous Sudan, ambos com ligações à Rússia, são conhecidos por lançar ataques altamente disruptivos, tendo como alvo empresas como Microsoft e Telegram no passado.
Em um relatório publicado na semana passada, a Microsoft observou uma onda de atividades de um grupo de Gaza chamado Storm-1133, que visava organizações israelenses nos setores de defesa, energia e telecomunicações. A Microsoft acredita que o grupo “trabalha para promover os interesses do Hamas”.