O Distrito de Columbia processou na última segunda-feira o chefe da Meta, Mark Zuckerberg, buscando responsabilizá-lo pessoalmente pelo escândalo da Cambridge Analytica, uma violação de privacidade de milhões de dados pessoais de usuários do Facebook que se tornou um grande escândalo corporativo e político.
O procurador-geral da DC, Karl Racine, entrou com a ação civil contra Zuckerberg no Tribunal Superior de DC. O processo sustenta que Zuckerberg participou diretamente de decisões importantes da empresa e estava ciente dos perigos potenciais do compartilhamento de dados de usuários, como ocorreu no caso envolvendo a empresa de mineração de dados Cambridge Analytica.
A Cambridge Analytica reuniu detalhes de até 87 milhões de usuários do Facebook sem a permissão deles. Seus dados supostamente foram usados para manipular a eleição presidencial de 2016.
Racine está buscando indenizações e penalidades de Zuckerberg, conforme determinado em um julgamento. O porta-voz da Meta Platforms, Andy Stone, não quis comentar.
Meta, Google, Amazon e Apple foram alvos de ações legais nos últimos anos por reguladores federais e procuradores-gerais estaduais de ambas as partes, acusando os gigantes da tecnologia de domínio e abuso do mercado. Mas o processo de Racine trouxe a rara ação de um regulador visando especificamente um CEO de Big Tech.