Como analisar uma proposta de Pentest

Pentest é um serviço crítico, mas muitas empresas contratam fornecedores sem a devida análise e acabam comprando apenas uma ilusão de segurança. Para garantir um serviço realmente eficaz, é essencial avaliar a proposta com atenção e identificar sinais de baixa qualidade que podem comprometer toda a proteção da empresa.

O primeiro ponto de alerta é a metodologia. Um pentest sério segue padrões reconhecidos, como frameworks OWASP e NIST, detalhando cada etapa do processo, desde a fase de reconhecimento até a exploração manual de vulnerabilidades. Propostas genéricas, sem clareza sobre técnicas e abordagens, indicam um serviço superficial e ineficaz.

Outro fator decisivo é o preço. Em escopos mais simples, propostas sérias giram em torno de R$ 32 mil, qualquer valor muito abaixo disso não é viável para um pentest de qualidade. Empresas de cibersegurança que operam com excelência têm custos operacionais elevados e contam com profissionais altamente qualificados, detentores de certificações como OSCP, CISSP, HCP e OSCE, que exigem anos de estudo e experiência prática. Preços baixos são um sinal claro de alerta: indicam falta de estrutura, ausência de metodologia, profissionais sem preparo ou, na pior das hipóteses, a entrega de um scan automatizado disfarçado de pentest. Sem uma análise manual e aprofundada, os riscos reais permanecem totalmente expostos.

Além disso, a qualificação da equipe deve ser transparente. Se a proposta não menciona certificações ou experiência dos especialistas, é um sinal claro de que o serviço pode não ter a profundidade necessária. A segurança de uma empresa não pode ser colocada nas mãos de iniciantes ou processos automatizados.

Por fim, o relatório final precisa ser detalhado, com evidências concretas, impacto real das vulnerabilidades e recomendações estratégicas. Relatórios genéricos ou superficiais, sem provas técnicas e um plano claro de mitigação, não agregam valor e deixam a empresa exposta.

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