Um novo relatório da Zimperium revelou que dispositivos móveis com root ou jailbreak são 250 vezes mais propensos a sofrer comprometimentos do sistema em comparação com dispositivos padrão. Essas modificações concedem acesso privilegiado aos sistemas Android e iOS e aumentam drasticamente os riscos de segurança, incluindo ataques de malware, violação do sistema de arquivos e exposição de dados corporativos sensíveis.

Embora representem apenas 0,1% dos dispositivos analisados, aqueles com root são até 3000 vezes mais vulneráveis a certas ameaças. O estudo aponta que esses dispositivos enfrentam 3,5 vezes mais ataques de malware e apresentam uma taxa 12 vezes maior de aplicativos comprometidos. Violações no sistema de arquivos ocorrem 3000 vezes mais frequentemente e incidentes de comprometimento total do sistema aumentam em 250 vezes.

Entre as ferramentas populares de root destacam-se Magisk, que evita alterações em partições do sistema, APatch, que utiliza técnicas avançadas de injeção no kernel, e KernelSU, que integra permissões diretamente ao núcleo do sistema. Para iOS, são citadas ferramentas como Dopamine e Checkra1n. Já o Roothide atua na ocultação do acesso root por meio de manipulação da memória do kernel. A instalação de aplicativos fora das lojas oficiais, conhecida como sideloading, também preocupa especialistas, especialmente após novas exigências na Europa que obrigam a Apple a permitir essa prática. Sem a curadoria das lojas, os dispositivos ficam mais expostos a códigos maliciosos e apps não verificados.