Nos últimos anos, algumas empresas que se dizem ser de “cibersegurança” passaram a oferecer pentests gratuitos sob o pretexto de demonstração, mas a verdade por trás dessa prática é preocupante. Pois levanta uma questão crítica: qual é o verdadeiro objetivo por trás dessa “cortesia”? A resposta é simples, coleta de dados e manipulação de informações para gerar faturamento futuro. E aqui vale uma máxima já conhecida: se você não está pagando pelo serviço, você não é o cliente, você é o produto.
Na prática, esses “pentests” gratuitos não passam de simples varreduras automatizadas, sem análise aprofundada ou validação manual por especialistas. O problema se agrava quando esses relatórios são manipulados, inflando riscos inexistentes ou omitindo falhas críticas com o objetivo de pressionar a empresa a contratar serviços adicionais. Em vez de oferecer segurança real, essa abordagem transforma a cibersegurança em uma jogada comercial oportunista. E o pior: muitas dessas empresas inescrupulosas podem estar coletando dados sensíveis durante o falso pentest para usos ainda mais duvidosos.
Além do risco de depender de diagnósticos imprecisos, há um fator ainda mais preocupante: a confiabilidade da fonte. Cibersegurança não é um campo para experimentação amadora. Ter um relatório emitido por uma empresa irrelevante no mercado não agrega valor real. Quando o tema é segurança digital, apenas avaliações feitas por especialistas reconhecidos têm peso. No mundo corporativo, parceiros, investidores e órgãos reguladores não consideram análises superficiais, um documento sem credibilidade pode ser pior do que não ter nenhum.
Empresas que realmente se preocupam com sua segurança devem questionar qualquer serviço “gratuito” antes de expor seus dados a práticas duvidosas. No mercado de cibersegurança, a seriedade e a confiabilidade são diferenciais inegociáveis.