O WhatsApp anunciou nesta terça-feira (29) o lançamento do recurso “Private Processing”, uma tecnologia que permitirá o uso de inteligência artificial (IA) de forma privada e segura, preservando a confidencialidade das mensagens dos usuários. A novidade, que será disponibilizada nas próximas semanas, permitirá funcionalidades como resumo de mensagens não lidas e sugestões de edição, sem comprometer a promessa de privacidade da plataforma. O processamento ocorre dentro de uma “máquina virtual confidencial” (CVM), impedindo que até mesmo o WhatsApp ou a Meta tenham acesso aos dados.
O sistema se baseia em três pilares: garantias executáveis (que expõem ou desligam o sistema se houver tentativas de violação), transparência verificável (permitindo auditorias independentes) e impossibilidade de segmentação individual (um usuário não pode ser alvo sem comprometer todo o sistema). Além disso, as mensagens são processadas sem retenção de dados, garantindo segurança futura. A conexão entre o usuário e a CVM é feita via protocolo Oblivious HTTP (OHTTP), ocultando o IP de origem, e todas as comunicações são criptografadas com chaves efêmeras exclusivas entre o dispositivo e o ambiente seguro.
A Meta também anunciou medidas para minimizar riscos como ataques internos, vulnerabilidades na cadeia de suprimentos e uso malicioso. Serão publicados logs públicos das imagens binárias das CVMs, permitindo que pesquisadores independentes verifiquem possíveis vazamentos. Esse movimento segue tendência semelhante à da Apple com o Private Cloud Compute (PCC), evidenciando a busca por IA com foco em privacidade e confiança do usuário.