Não aceite relatórios de cibersegurança de empresas irrelevantes

Se sua empresa está prestes a contratar uma aplicação, sistema ou plataforma de terceiros e recebe um “relatório de pentest” como prova de segurança, é fundamental entender: esse documento não tem valor se foi produzido por uma empresa irrelevante no mercado de cibersegurança. A maioria dos fornecedores utiliza esse tipo de material como um argumento comercial, não como uma evidência técnica robusta. E é exatamente aí que mora o risco.

Muitas vezes, esses relatórios são fruto de varreduras automatizadas, gerados em minutos por ferramentas comerciais e apresentados como se fossem pentests profissionais. Mas não há validação manual, não há provas de exploração, não há cadeia lógica de ataque. São documentos que apenas ilustram a intenção de parecer seguro, sem nenhuma garantia real de que o software foi, de fato, testado sob a ótica de um atacante experiente.

Cibersegurança ofensiva exige exploração, não apenas detecção. Um relatório confiável precisa conter vulnerabilidades comprovadas, com evidência técnica, plano de exploração validado e impacto detalhado. Não basta dizer que “não foram encontradas falhas”. É preciso demonstrar o que foi testado, como foi testado, com quais técnicas, em qual contexto e com qual resultado. O resto é suposição.

Aceitar relatórios de empresas irrelevantes é assumir uma falsa sensação de cibersegurança. Sua equipe de cibersegurança ou compras pode aprovar uma aplicação vulnerável com base em um documento que nunca passou por uma análise real. E quando o incidente acontecer, a responsabilidade será da sua organização, não da empresa que emitiu um PDF genérico.

Antes de confiar no relatório que acompanha qualquer sistema ou solução que você está contratando, vá além da capa. Verifique quem realizou o teste, qual a metodologia aplicada, se houve exploração validada e se o time envolvido realmente tem histórico em cibersegurança ofensiva. Segurança não se garante com promessas, se comprova com técnica.

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