Os hackers que atacaram o sistema da Rede Record fizeram um pedido de resgate no último dia 10 para a emissora de TV. A informação também chegou para os funcionários, que estão trabalhando sem a tecnologia à qual estão acostumados. Os invasores querem R$ 45 milhões.
Segundo funcionários a decisão sobre o pagamento está sendo analisada. Ao mesmo tempo, a equipe de TI (Tecnologia da Informação) da empresa tenta trabalhar para recuperar algumas áreas.
A emissora está utilizando outros recursos para tentar manter sua programação no ar. O Balanço Geral, comandado por Reinaldo Gottino, foi levado ao ar com um esquema que não era usado desde a década passada para edição de reportagens.
“Ataques desse tipo são sofisticados e continuarão sendo tendência para o próximo ano. O pagamento pelo resgate é alto e sem garantias totais de sucesso. A recuperação das informações e infraestruturas também é uma opção difícil, por ser lenta e cara para qualquer empresa”, comenta André Silva, COO da empresa HackerSec.
Durante o programa, o apresentador agradeceu toda a equipe pelo esforço. “Todo mundo aqui trabalhando, na raça, para colocar a melhor revista eletrônica das tardes no ar”, disse ele.
“A melhor forma de mitigação é a prevenção. Por isso avaliar a segurança do ambiente é sempre importante através de Pentest e Análises de vulnerabilidades. Além disso, é necessário que um plano de recuperação de desastres e resposta a incidentes esteja bem consolidado, e para isso ter profissionais qualificados é essencial”, completa André Silva.
Os invasores não deram nenhum tempo máximo de resposta para o pedido de resgate. Junto com a sede da Record em São Paulo, filiais de Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e a Record News sofrem com os problemas causados.
Pesquisas mostram que os alvos preferidos desse tipo de ataque são grandes empresas, tendo sido registradas mais de 8 milhões de ocorrências no mundo todo apenas no primeiro semestre de 2022. O Brasil está entre os 5 países que mais sofrem com essa ameaça no mundo todo.